Coluna do Metal | O que esperar do novo Álbum do Metallica
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O que esperar do novo álbum do METALLICA

Por: Paulo Sérgio de Oliveira Borges
Contato: paulo.o.borges@icloud.com

Sabendo que o lançamento do novo álbum do METALLICA, “Hardwired... To Self Destruct”, está previsto para 18 de novembro de 2016, um amigo me perguntou: Qual sua expectativa?

 

Vários critérios de análise me vieram na cabeça, e gostaria de compartilha-los com vocês. Vejamos:

 

Título

 

Traduzido para o português, o título do álbum quer dizer algo do tipo “programado... para autodestruição”. Trata-se de um nome bem ao estilo METALLICA, com certo peso agregado, mas sem cunho ofensivo ou aterrorizante, mantendo-o acessível a maior número de pessoas.

 

Visto por esse aspecto, ponto para o METALLICA.

 

 

Capa

 

Segundo o site www.tenhomaisdiscosqueamigos.com, existirão quatro capas, sendo uma para cada tipo de edição (original, deluxe, box set e vinil), sendo que todas seguem a mesma linha, com as faces dos músicos sobrepostas, que sinceramente... achei fraca! Se não soubesse que era do Metallica, eu diria que se trata de um álbum de música eletrônica.

 

Existe até uma polêmica sobre a similaridade da capa com a arte estampada em álbuns do CROWBAR e do FOO FIGHTERS, mas não vou entrar nesse mérito, pois como já disse acima, achei fraca.

 

Resumindo, sem sal.

 

 

Músicas novas

 

Aqui a coisa começa a ficar quente. A primeira música disponibilizada ao grande público, “Hardwired”, traz uma pegada bem consistente, com riffs rápidos, mas ainda distante do METALLICA “das antiga”.

 

Ela me lembrou muito quando a música “Cyanide” pipocou na internet. Uma certa euforia tomou conta da rede, dado o alívio pela banda transparecer que havia se livrado do estigma criado pelo natimorto “St. Anger”, que na minha opinião deveria ter sido trocado na maternidade, pois além de mal mixado, e a bateria ter sido gravada com latões, o álbum foi contaminado com a completa ausência de solos de guitarra... Depois desse desastre, só o Rick Rubin mesmo para salvar a banda.

Deixando minha indignação com o "St. Anger" de lado, e retomando a proposta do artigo, concluo que achei a primeira música vazada, show de bola!

A segunda música disponibilizada, “Moth into flame”, me pareceu um pouco mais “Load”/”Reload”. No começo, achei que James Hatfield ia cantar “Run to the hills...”, mas os riffs seguintes inspiram mais do mesmo.

 

Mas isso não é ruim, pois eu gosto muito do “Load” e ”Reload”. Só que para isso, tive que esquecer eles já tiveram cabelos cumpridos, e focar na proposta new age da banda.


Algo comum em ambas as canções, é que o volume das cordas abafadas ficou meio baixo, mas até a finalização do disco, pode ser que mude.

1 música boa + 1 mais ou menos = não há do que reclamar.

Performance dos músicos e os respectivos instrumentos

 

O vocal continua impecável, e as letras bem elaboradas, mantendo o nível criativo/filosófico típico de composições anteriores da banda. O baixo e as guitarras continuam no mesmo nível médio-avançado de sempre, com segmentos propícios para bater cabeça durante os shows, e solos limpos bem executados. Mas seria pedir muito, que eles gravassem as guitarras com as mesmas distorções rústicas (que mais parecem motosserras) do “Kill ‘Em All”???

 

Já a bateria, merece um parágrafo só dela, pois ainda que tocada pelo mesmo Lars Ulrich de sempre, evoluiu ao incorporar o que eu mais sentia falta neles: o BUMBO DUPLO. Sem dúvida, o elemento que mais dá peso em uma bateria! Salvo engano, a ultima vez que eles usaram esse recurso divino foi em “One” do “And Justice for All...”. Então, seja bem vindo novamente...

 

Só pelo bumbo duplo, o quesito performance já empolga bastante.

 

 

Canções ainda não divulgadas

 

Ao que parece, o novo álbum será composto por 12 (doze) músicas:

 

1 Hardwired 03:09

2 Atlas, Rise! 06:28

3 Now That We’re Dead 06:59

4 Moth Into Flame 05:50

5 Dream No More 06:29

6 Halo On Fire 08:15

7 Confusion 06:43

8 ManUNkind 06:55

9 Here Comes Revenge 07:17

10 Am I Savage? 06:30

11 Murder One 05:45

12 Spit Out The Bone 07:09

 

Suponhamos que as duas músicas divulgadas não sejam as mais promissoras, como rolou no álbum anterior, em que a “The Day That Never Comes” só foi divulgada com o álbum finalizado e foi uma grata surpresa, roubando a cena.

 

Se for assim, está de bom tamanho.

 

 

Conclusão

 

O título de banda mais bem sucedida do Heavy Metal foi para o METALLICA, o que a Rede Globo foi para o Marcelo Adnet. Ele continua engraçado, mas a produção pomposa subtrai parte da diversão.

 

Não tenho a mesma expectativa que tinha ao aguardar o lançamento do “Repentless” do SLAYER, mas o binômio METALLICA/RICK RUBIN é digno, ao menos, do benefício da dúvida.

 

Em linhas gerais, eu não esperaria outro “Kill ’Em All”, mas algo parecido com o politicamente correto “Death Magnetic”. \m/

 

 

Esse artigo foi escrito ouvindo o álbum NECROPOLIS, do VADER.

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