Considerada pela crítica especializada uma revelação fulgurante, a cantora gaúcha Nina Wirtti - segunda atração do projeto Samba de Bamba – vem pela primeira vez a Curitiba no dia 19 de abril, terça-feira, às 20 horas, na Caixa Cultural (R. Conselheiro Laurindo, 280 - Centro). No palco - acompanhada por um quarteto musical formado por Rafael Mallmith (violão 7), Luis Barcelos (bandolim) Gustavo Wirtti (baixo acústico) e Marcus Thadeu (percussão) - ela vai apresentar sambas de seus disco de estreia Joana de Tal que inclui composições de Noel Rosa, Wilson Moreira, Guilherme de Brito e, seu conterrâneo Lupicínio Rodrigues e ainda canções de seu próximo album Chão de Caminho, com lançamento previsto para o segundo semestre.
Nascida em berço musical - com avós, pais e irmãos artistas - Nina mudou-se de Santa Maria (RS) para o Rio de Janeiro há dez anos. Seu pai é Antônio Gringo, compositor, instrumentista e cantor tradicionalista gaúcho. Foi nas rodas de samba e choro da Lapa que Nina conquistou o coração - e os ouvidos - do conterrâneos como Yamandu Costa e também de artistas como Ronaldo do Bandolim e Paulão 7 Cordas, declarados fãs da cantora.
Nina se diferencia pela escolha do repertório, que passeia entre novidade e a pesquisa da forte tradição brasileira (a que ela se dedica com entusiasmo), e apresenta um time de músicos que, ainda jovens, são valorizados no país e no exterior pelo domínio da linguagem brasileira e da técnica de seus instrumentos. Seu canto é influenciado por grandes vozes de antigamente, com frescor contemporâneo.
O primeiro álbum, "Joana de Tal", lançado pela gravadora Fina Flor, é dirigido e arranjado pelo contrabaixista Guto Wirtti que oferece um diálogo entre a tradição do Brasil e a música universal, com influências como o jazz francês e o fado. O CD tem a participação especial de importantes músicos da cena contemporânea, como Yamandu, que gravou violão de sete cordas na canção "Zé Ponte", do também gaúcho, Lupicínio Rodrigues.
Esse ano Nina fez sua estreia no Teatro Musical brasileiro e está em cartaz no Rio de Janeiro com o elogiado espetáculo “A Cuíca do Laurindo”, de Rodrigo Alzuguir, com Marcos Sacramento e grande elenco, retratando o Rio de Janeiro dos anos 1940, o amadurecimento do samba como genêro identitário do Brasil.
A próxima atração é o sambista carioca Marcelinho Moreira, dia 3 de maio.