Quando sobe o pano, mãe e três filhos remam num lago. Parece que vai chover, mas eles seguem rumo às profundezas de relações delicadas da família. A beleza da imagem sugere até uma pintura. A sincronia deles ao remar destoa da realidade convulsiva de cada um, desde que o pai morreu. Um barco real de madeira, de quase 10 metros, marca a impactante abertura de Inútil a Chuva, novo trabalho do Armazém Companhia de Teatro que estreia no Auditório Salvador de Ferrante, no Teatro Guaíra, sexta-feira, dia 30 de setembro. Trata-se do primeiro texto com dramaturgia assinada por Jopa Moraes e Paulo de Moraes, este último também diretor. O Armazém Companhia de Teatro é patrocinado pela Petrobras.
Inútil a Chuva se orienta em torno do desaparecimento do pai desta família, pintor que se torna high light no milionário mercado de arte após a morte. E que morre simplesmente desaparecendo. O Armazém Companhia de Teatro conta com o patrocínio da Petrobras. Com iluminação assinada por Maneco Quinderé, figurinos de Rita Murtinho e direção musical de Ricco Viana, o espetáculo surpreende o espectador evocando a cada cena a formação de uma série de imagens que remetem a pinturas em movimento. Estão no elenco Patrícia Selonk, Andressa Lameu, Leonardo Hinckel, Tomás Braune, Marcos Martins e Lisa Eiras.
A estreia de Inútil a Chuva foi no Rio de Janeiro em 2015. O espetáculo foi indicado aos Prêmios Shell, APTR e Cesgranrio nas categorias Melhor Cenografia (Paulo de Moraes e Carla Berri) e Iluminação (Maneco Quinderé). Este ano, o Armazém Companhia de Teatro completa 29 anos de trabalho continuado.
Dias 30 de setembro, 1 e 2 de outubro Teatro Guaíra | Auditório Salvador de Ferrante
Ingressos: de R$ 20,00 a R$ 40,00