Imagens fantásticas registradas pelo olhar de fotógrafos brasileiros e estrangeiros são premiadas pelo Festival Internacional de Fotografia Brasília Photo Show.|
O 2020 que assolou o mundo, impediu o ir e vir, não conseguiu deter a arte. Ela, mais uma vez, foi redenção. É o que revela as imagens premiadas na 6ª edição do Festival Internacional de Fotografia Brasília Photo Show. Os olhares dos fotógrafos brasileiros e estrangeiros que participaram do maior festival de fotografia popular da América Latina transportaram, ecoaram, conectaram, ressignificaram.
O anúncio dos premiados foi feito na noite de domingo (22), em uma cerimônia totalmente virtual, transmitida pelo canal BPS Channel, no Youtube. Depois de uma maratona online com dois dias de palestras e rodas de conversa entre fotógrafos renomados de todo o País, os premiados foram revelados. O conteúdo e a cerimônia de premiação continuam disponíveis no BPS Channel. Tudo com tradução em Língua Brasileira de Sinais – Libras.
As 15.300 fotografias recebidas pela 6ª edição do BPS turbinaram a interação nas redes sociais do Festival, totalizando mais de 75 milhões de views, de 2015 a 2020. Entre a primeira e a sexta edição, foram admitidas 58.500 fotos, mais de 46 mil foram postadas no perfil do Festival, no Facebook. “O evento de premiação foi um sucesso de participação e troca de conteúdo. As interações com profissionais, amadores e o público de todas as partes do Brasil e do mundo festejaram a fotografia”, observa Rodrigo Nimer, diretor executivo do Group BPS.
“Foi, ainda que online e muito diferente das premiações dos anos anteriores, uma festa da arte”.
A imagem premiada com a estatueta da categoria Pet levou também o prêmio da capa do livro Festival Internacional de Fotografia Brasília Photo Show 2020. “O clique A magia está no ar, de Elayne Massaini, flerta com a liberdade, com a ousadia notável dos fotógrafos que enviaram as 15.300 imagens recebidas pela 6ª edição do BPS. Foi um 2020 fantástico em termos de fotografia, foi um ano memorável para a arte e sensacional para o Festival”, revela Edu Vergara, fotógrafo idealizador e curador do BPS.
UM FESTIVAL, O MUNDO
Fotógrafos do Rio de Janeiro, de São Paulo, do Rio Grande do Sul, de Santa Catariana, do Paraná, da Bahia, de Mato Grosso, do Rio Grande do Norte, de Minas Gerais, de Tocantins e do Distrito Federal faturaram as 22 estatuetas. O interior de Goiás, especificamente a cidade de Catalão, conseguiu emplacar vários prêmios.
Fotos registradas na Índia, no Canadá, na China, na Etiópia, em Portugal, na Espanha, ou que chegaram desses e de outros países, também foram premiadas.
“Até o dia da premiação, a curadoria não tem informações sobre o autor do clique. É surpreendente e interessantíssimo notar como o olhar dos fotógrafos está apurado e sensível, onde quer que eles estejam ou em quais circunstâncias estejam”, revela Vergara.
Chegou da Índia a foto Looking!, do fotógrafo Himanshu Roy, premiada com a Medalha Platinum na categoria Fotojornalismo e com a estatueta de Melhor Foto de Celular. “Um registro que toca qualquer observador, feito de um smartphone. O Canadá também se destacou, especialmente a região de Alberta, onde vários cenários foram protagonistas e ganharam muitos prêmios também”, completa o curador.
A estatueta na categoria Fotojornalismo ficou para Retrato da Alma, de Tiago da Silva, do Rio Grande do Norte, uma imagem que revela além do que os olhos conseguem ver. Em trilha semelhante está a grande vencedora da categoria Especial Lockdown. O registro de Eduardo Matysiak, Fique em casa, levou a estatueta.
E o que dizer de Iluminado, trabalho de Marcelo Baldim? Vencedor da estatueta na categoria Randômica, esse registro dialoga e silencia, é contemplação e inquietação.
“É uma foto libertária, uma peça de arte que dispensa as amarras das técnicas fotográficas e reflete o que é o Festival Internacional de Fotografia Brasília Photo Show”, responde Nimer.
O Festival nasceu em 2015 com a intenção de oferecer quatro princípios:
Oportunidade: Em um mundo com cada vez mais câmeras, existem cada vez mais fotógrafos e, às vezes, uma oportunidade é tudo que novos talentos precisam para brilhar e transformar suas vidas. O Festival existe para cumprir essa função e abrir caminho para o futuro da fotografia.
Visibilidade: Quem não é visto não é lembrado.O BPS serve como plataforma para expor a arte de todos os participantes. Todas as fotografias inscritas no festival são publicadas em redes sociais, na plataforma de opinião pública e ainda em dezenas de exposições itinerantes .
Reconhecimento: Ter uma fotografia reconhecida pelo Brasília Photo Show é um reconhecimento e tanto. Além da estatueta do “Oscar da fotografia”, os vencedores podem ganhar muitos prêmios e ainda ter sua foto eternizada na edição impressa do festival.
Rentabilidade: Os fotógrafos premiados têm a oportunidade de tornar seu trabalho mais rentável e ter mais pessoas querendo contratá-lo depois de ter sido reconhecido vencedor do BPS. São muitas histórias de sucesso de pessoas que venceram uma medalha em uma das cinco edições e que hoje trabalham e que vivem da fotografia.
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