A Cia Ká recebeu com entusiasmo a notícia de que seu novo filme "Pilar de Fogo" será exibido no Festival de Cinema no Meio do Mundo da Paraíba.
O curta-metragem "Pilar de Fogo", inspirado no conto de Ray Bradbury (Autor de "Fahrenheit 451" e "As crônicas das Marcianas") conquistou os jurados do festival de Pernambuco, foi escolhido para participar da mostra competitiva e foi o único do estado do Paraná a ser selecionado. O curta teve sua estreia em 2021 durante a pandemia e traz referência e conceitos inspirados nos filmes do lendário Zé do Caixão.
O ano é 2260 e a sociedade, sem livros, não possui medos ou mentiras, a utopia está presente em uma sociedade empática e bizarra, e o único cérebro da Terra que possui histórias de Poe, Bierce e Lovecraft está prestes a ser incinerado.
"O gatilho para a produção do curta partiu de um texto homônimo de Ray Bradbury, do livro 'Prazer em Queimar'. O processo leva o diretor, envolto pelos desafios da quarentena, buscar uma estética visual e de encenação como a de "Fade-in" (outro trabalho da Cia), onde o expressionismo e a plasticidade tomam conta da cena, não "parece artificial", é artificial e com propósito de pensar a sociedade como moldada e construída pelo nosso sistema político/econômico", contam.
A performance é de Kelvin Millarch que, em cena, apresenta a vida, morte e ressurreição de Willian Lantry.
"Passei dias sem dormir, tentando entender se conseguiria viver este personagem. Por eu ser um ator tradicionalmente de comédia, aceitar essa provocação artística e encarar logo um roteiro de ''terror'' foi um grande desafio", conta Kelvin.
O ator ainda relata que durante processo, ria bastante, achava graça de algumas cenas, até que entendeu a seriedade da proposta do texto. "Não poderia ter graça onde se recitava a morte. achei que era algo simples, mas foi algo complexo, muito além do que imaginei". Para o diretor Caio Frankiu é gratificante ver que o performer teve seu entendimento, a partir dessa vivência, dessa reflexão: "Espero que a plateia também fique com a pulga atrás da orelha e se questione, que possa reflitir sobre os tempos de hoje", afirmou.
A CIA KÀ vem na sua melhor fase após a estreia de DOCE², no Festival de Curitiba, com peças teatrais programadas até o final do ano.
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