top of page

Fenômeno celestial: brasileiro captura imagens inéditas de nuvens madreperoladas no Ártico

Marco Brotto, O Caçador de Aurora Boreal, protagonizou mais um marco em sua jornada pelo Ártico, nesta quinta-feira (16), ao registrar raras nuvens estratosféricas

Esse tipo de nuvem é uma formação extremamente incomum, que ocorre em altitudes elevadíssimas, entre 15 e 25 km da Terra Marco Brotto
Esse tipo de nuvem é uma formação extremamente incomum, que ocorre em altitudes elevadíssimas, entre 15 e 25 km da Terra (Foto: Marco Brotto)

Uma paleta de cores que pinta o céu com tons de rosa, azul, verde e dourado. Foi essa a paisagem que encantou O Caçador de Aurora Boreal, Marco Brotto, nesta quinta-feira (12), na divisa da Noruega com a Suécia, durante sua 164ª expedição em busca do fenômeno das auroras boreais.

 

Ao contrário do que se imagina, dessa vez o céu colorido avistado por Brotto não foi resultado de uma aurora e, sim, de outro fenômeno natural: as nuvens estratosféricas, também conhecidas como nuvens madreperoladas, que apareceram no céu dessa região do planeta, ao longo de 200 quilômetros 

 

Esse tipo de nuvem é uma formação extremamente incomum, que ocorre em altitudes elevadíssimas, entre 15 e 25 km da Terra, e em condições de frio extremo, normalmente abaixo de -78°C.  Seus cristais de gelo refletem a luz do sol, quando o astro está abaixo da linha do horizonte, criando no céu uma rara paleta de cores.

 

Brotto, que guia brasileiros em experiências inesquecíveis sob o céu polar, descreveu a experiência de registrar as nuvens raras. “Viajo para essa região há 14 anos e essa é a primeira vez que tenho o privilégio de ver o fenômeno com tanta intensidade e beleza”.

 

Tommy Bjerkas, residente da região e motorista com mais de 30 expedições de Brotto no currículo, concordou sem hesitar.

"Essas foram as nuvens estratosféricas mais coloridas e longas que já vi na vida", relatou.
Seus cristais de gelo refletem a luz do sol, quando o astro está abaixo da linha do horizonte, criando no céu uma rara paleta de cores.
Seus cristais de gelo refletem a luz do sol, quando o astro está abaixo da linha do horizonte, criando no céu uma rara paleta de cores. (Foto: Marco Brotto)

As nuvens estratosféricas são mais comuns nas regiões polares durante os meses de inverno, porque é nessa época que as temperaturas na estratosfera atingem os níveis necessários para sua formação. “A observação desse fenômeno depende de condições climáticas extremamente específicas, o que o torna ainda mais raro. Por isso é uma honra poder compartilhar imagens tão incríveis”, celebra ele. 

 

Para Brotto, o avistamento foi mais do que um registro: foi um momento de êxtase e reflexão.

“Ver as nuvens estratosféricas hoje foi como presenciar uma pintura celestial à luz do dia. A delicadeza das cores e a grandiosidade do cenário só reafirmam o quanto o nosso planeta é incrível e merece ser protegido. Compartilhar esse momento com meus companheiros de expedição é um privilégio indescritível”.

 

A expedição atual, que conta com participantes de diferentes estados brasileiros, teve um caráter ainda mais especial com a conjugação de fenômenos tão raros como as auroras boreais e as nuvens madreperoladas. 

Ao contrário do que se imagina, dessa vez o céu colorido avistado por Brotto não foi resultado de uma aurora (Foto: Marco Brotto)
Ao contrário do que se imagina, dessa vez o céu colorido avistado por Brotto não foi resultado de uma aurora (Foto: Marco Brotto)

Brotto também reforçou a importância de promover a educação ambiental através dessas experiências: “Momentos assim são um chamado para entendermos nossa conexão com a natureza e como podemos preservá-la para as futuras gerações”.

 

O brasileiro segue sua expedição em busca de mais aparições das auroras boreais, mas já declarou que o registro das nuvens estratosféricas será lembrado como um momento icônicos de sua carreira como caçador. “Jamais esquecerei esse momento".


Comentarios


Ya no es posible comentar esta entrada. Contacta al propietario del sitio para obtener más información.
bottom of page