“O Labirinto da Luz” celebra os 50 anos de fotografia de Orlando Azevedo.
São 237 imagens, com curadoria de Rubens Fernandes Junior, que podem ser vistas pelo público a partir de 24 de dezembro, na Sala 1.
O curador criou um labirinto que divide a exposição em núcleos referentes a algumas das vertentes criativas do fotógrafo. São eles: “Ruínas”; “Religiosidade”; “Índia”; “Cósmica”; “Retratos”; “Marinhas”; “Corpo e Movimento”; “Paisagem”; “Festas e Populares”; “iPhone”; “Surreal” e “Voo”.
“A exposição é um haikai ou a síntese de um ciclo de vida”, explica o fotógrafo. “Produzi tanto e em tantos caminhos que há muitas obras que ficaram pelas gavetas”, comenta. Segundo ele, são no total 160 mil matrizes analógicos e pelo menos o dobro em digitais. Orlando informa que as imagens selecionadas para a mostra foram impressas em algodão por Daniel Nitzsche, em Curitiba.
A superintendente-geral da Cultura, Luciana Casagrande Pereira, observa que a exposição é, sobretudo, um reconhecimento e uma homenagem. “Orlando Azevedo é um dos nossos grandes fotógrafos. Sua técnica e sua arte acompanharam os tempos, com sensibilidade e talento. É importante que a valorização do seu legado seja feita pela terra que escolheu para viver, o Paraná”, diz.
A diretora-presidente do MON, Juliana Vosnika, afirma que a vocação do Museu Oscar Niemeyer para colecionar e expor fotografias, entre outras vertentes artísticas, se confirma com a realização desta grandiosa exposição.
“‘O Labirinto da Luz’ é um marco às cinco décadas de trabalho de Orlando Azevedo, paranaense por escolha própria, artista múltiplo, que tem na fotografia sua marca registrada”, diz. “Encontramos aqui uma coletânea com centenas de imagens que traduzem sentimentos abstratos e momentos reais, num equilíbrio perfeito.”
O curador da mostra explica que a exposição traz o melhor da fotografia de Orlando.
“É um conjunto expressivo que transita livremente entre o documental e o abstrato. São representações e inquietações que surpreendem pela beleza e pela invenção”, define Rubens Fernandes Junior.
Ele informa que, diante de uma obra múltipla e caleidoscópica, surgiu a opção de criar os núcleos, muito singulares, que contemplam parcialmente sua produção.
“Orlando pontua suas imagens com a força bruta do estranhamento. Paisagens oníricas e paisagens marinhas, aparições e ruínas, o corpo em movimento e o cotidiano popular, retratos perturbadores e absurdos improvisados que beiram o surrealismo”, diz Rubens.
Além das abstrações e construções surreais, a mostra apresenta fotos de natureza e paisagem onde a presença humana e sua saga se fazem presentes. Num dos núcleos, por exemplo, estão 57 imagens feitas por iPhone, que o fotógrafo usa frequentemente como se fosse um bloco de anotações ou um diário de emoções.
Orlando Azevedo possui obras em diversos acervos do Brasil e de outros países, como no International Center of Photography, em Nova York; Centre Georges Pompidou e Museu Francês de Fotografia, em Paris; Museu de Arte de São Paulo (MASP); Museu de Arte Moderna de São Paulo; Instituto Cultural Itaú; Museu de Fotografia Cidade de Curitiba; Empresa Portuguesa das Águas Livres/Lisboa; Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro; Museu Afro Brasileiro, em São Paulo; Fototeca de Cuba, em Havana, além do próprio Museu Oscar Niemeyer (MON), e também várias e importantes coleções privadas nacionais e internacionais
No total, Orlando tem 12 livros publicados e entre eles estão: “Mestiço – Retrato do Brasil” (2019); “Augusto Weiss 1890/1990” (2017) e “Rio Grande/RS” (2014).
Serviço:
Exposição “O Labirinto da Luz”
A partir de 24 de dezembro
Sala 1
Museu Oscar Niemeyer
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