top of page
Toca Cultural

Prego na Testa: a arte de rir da própria desgraça

Monólogo dos Parlapatões é uma comédia stand-up de humor raivoso sobre a loucura urbana.

Parlapatões - "Prego na Testa" | Divulgação

Quando a versão original da peça Prego na Testa foi montada em 1994 pelo dramaturgo Eric Bogosian, a crítica do jornal New York Times definiu o texto como “áspero e turbulento” e seu autor como “nosso mais vibrante portador de más notícias”. No final da década de 1980 e meados da década seguinte, o verborrágico Bogosian era o “menino mau” do teatro underground de Nova York. Algumas de suas peças, como Talk Radio e Suburbia, foram adaptadas com sucesso para o cinema e falavam de um tema comum: a loucura e medo do homem nas grandes cidades da América. “Pounding Nails in the Floor with My Forehead” (no original em inglês, “Martelando pregos no chão com a minha testa”, em tradução livre) só ganhou versão brasileira em 2005, com tradução, adaptação e direção do dramaturgo Aimar Labaki e interpretação de Hugo Possolo, do Grupo Parlapatões. Desde o princípio, Labaki adaptou o texto à realidade brasileira, a começar pelo título em português que usa a expressão que faz jogo com o duplo sentido de ameaçar o crânio por um prego ou de que ele já esteja fincado em uma mente perturbada. O texto é um monólogo performático de alta intensidade. Uma espécie de comédia stand-up de uma hora de duração em que o espectador ri o tempo todo, mas, às vezes, ri de nervoso. O texto articula o absurdo da vida nas grandes cidades e faz rir das nossas próprias desgraças. As cenas vão do esquisito ao hilariante e a plateia da gargalhada à angústia.

Parlapatões | Divulgação

A peça fez sucesso no Festival de Curitiba de 2006. Possolo lembra que o texto então fazia muitas referências a coisas que aconteciam na vida política e cultural do Brasil à época e avisa que a nova montagem vai repetir a fórmula.

“O universo do Bogosian é muito forte, mas esta versão para o 30º Festival de Curitiba está totalmente adaptada a esta realidade maluca que estamos vivendo. Um cenário bem louco: pandemia, caos político e guerra”, disse.

A essência do texto e da montagem original, contudo, estão mantidas. Um texto impiedoso e com um humor corrosivo sobre a incapacidade humana em enfrentar a realidade do mundo. A Mostra Lúcia Camargo é apresentada por EBANX, Paraná Banco,New Holland, com patrocínio de Neodent, Vonder, SulAmérica, Novozymes e Governo do Estado do Paraná. Acompanhe todas as novidades e informações da Mostra Lúcia Camargo do Festival de Curitiba pelo site www.festivaldecuritiba.com.br, pelas redes sociais disponíveis, no Facebook @fest.curitiba, pelo Instagram @festivaldecuritiba e pelo Twitter @Fest_Curitiba

Serviço:

O que: Prego na Testa – Parlapatões no 30.º Festival de Curitiba Quando: 29 e 30 de março às 21h Onde: Sesc da Esquina (Visc. do Rio Branco, 969 - Mercês). Valores: R$ 80,00 (inteira) Ingressos: www.festivaldecuritiba.com.br e na bilheteria física exclusiva do Shopping Mueller (piso L2), de segunda-feira a sábado, das 10h às 22h; domingos e feriados, das 14h às 20h. Classificação: 14 anos. Duração: 60’


FICHA TÉCNICA:

Texto: Eric Bogosian Adaptação e Direção: Aimar Labaki Atuação: Hugo Possolo Assistente de Direção: Carlos Baldin Cenário: Ulisses Cohn Figurino: Kleber Montanheiro Iluminação: Wagner Freire Sonoplastia: Aimar Labaki Edição da Trilha Sonora: Aline Meyer Direção de Produção: Raul Barretto Produção Executiva: Erika Horn Assistência de Produção e Comunicação: Janayna Oliveira



Informações: Adriane Perin | Assessoria do Festival

39 visualizações

Comentarios


bottom of page