Toca Cultural - Paul McCartney
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PAUL EM POA

McCartney, eterno!

Além de tudo, ele ainda se esforça para ser gente boa

And in the end

The love you take

Is equal to

The love you make”


(The End, Abbey Road)

ÍCONE Paul McCartney em Porto Alegre (foto: Clóvis Pedrini Jr.)

Clóvis Cézar Pedrini Jr

Será que estamos acostumados a sermos desrespeitados? Por que a primeira coisa que me impele a dizer sobre o show de Paul McCartney na Arena Beira Rio em Porto Alegre, é sobre a pontualidade. Acostumado a ir a shows de artistas nacionais atrasam horas para subir no palco, o respeito que um ícone máximo da música mundial demostra surpreende. E não só isso, como a previsão era de chuva durante o show, Paul solicitou que a apresentação fosse antecipada em meia hora.

São três horas espetáculo, com 39 músicas que passam por toda a trajetória do astro, dos Beatles, Wings até o seu último álbum da carreira solo ‘NEW’. Há duas grandes novidades desde as últimas apresentações de Paul no Brasil. Começa com ‘A Hard Day’s Night’ e seu enigmático primeiro acorde que até hoje quebra a cabeças dos músicos mais experientes. A música nunca havia sido tocada ao vivo depois do fim dos Beatles.

A segunda é a In Spite of All the Danger, anunciada como a primeira canção gravada pelos Beatles.

No mais, você dificilmente se lembrará que Paul McCartney tem 75 anos. Os hábitos veganos parecem que realmente estão lhe fazendo muito bem. Aliás, ativismo é algo que Paul trata de expor.

 

Trouxe a bandeira do Reino Unido, e não da Inglaterra, em uma crítica ao separatismo do Brexit; a bandeira do movimento LGBT; sozinho com um violão canta ‘Blackbird’ contra o racismo e a favor os Direitos Humanos e até faz homenagem ao socialismo em ‘Back in the USSR’ (em alguns shows ainda inclui “Let ‘em in”, sobre a abertura soviética).

 

Ele ainda luta contra as minas terrestres, câncer de mama, maus tratos aos animais,  incentiva a ‘segunda-feira sem carne’, a paz entre Israel e Palestina e várias outras causas.

Paul sai do palco apenas uma única vez, para então voltar para o bis de sete músicas!! Ele poderia subir, tocar o show e sair sem dizer uma única palavra, que mesmo assim todos ficariam satisfeitos. Mas não é o que acontece, as músicas são apresentadas e a comunicação é feita em português, e nada de apenas ‘muito obrigado’.

 

Nos países que visita, Paul contrata uma professora do idioma e reserva um dia para conhecer melhor as cidades dos shows. Também prepara uma surpresa para cada apresentação, chamando fãs ao palco. E é isso, além se tudo ele ainda se esforça para ser gente boa.

<<Aprenda a tocar como os Beatles>>

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