Luiz Felipe Leprevost retorna à poesia em novo livro
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Luiz Felipe Leprevost retorna à poesia em novo livro


O escritor curitibano Luiz Felipe Leprevost vive um momento de retorno à sua essência: mais de dez anos depois de publicar seu último livro de poesias, Leprevost lança a coletânea de poemas “Tudo urge no meu estar tranquilo”. Morando no Rio de Janeiro desde fevereiro de 2016, o autor revela que se reencontrou com o gênero.

“Escrevi romances, contos… e curiosamente as pessoas sempre me chamam de poeta. A figura do poeta se colou a mim e eu me identifico como poeta. Quero ser ator-poeta, ser humano-poeta. E em todos os meus livros e peças de teatro, embora eles não sejam de poemas, eu sempre tratei da linguagem de forma poética”, diz.

Além de ser resultado de um reencontro consigo mesmo, o livro foi a forma que o autor encontrou de resistir ao que identifica como um movimento de embrutecimento da sociedade.

“As relações têm se dado de um modo binário, há um pensar binário e julgamentos radicais. Estamos ficando meio bárbaros, e creio que a poesia - assim como outras manifestações artísticas - é um objeto de resistência a isso, de auxílio à sensibilização. Há um chamamento para reflexão, mínima ou mais profunda, a respeito de si e da sociedade”, explica.

Três partes

O livro é dividido em três partes. A primeira, “Tudo urge no meu estar tranquilo”, traz temáticas variadas, mas se relaciona com a mudança do autor para a Cidade Maravilhosa e o novo olhar que lança sobre ela. “Morei no Rio há dez, 12 anos e a cidade tinha um caráter mais festivo para mim. De descoberta da vida, de boêmia, de experimentar as coisas. Agora, há uma necessidade de recolhimento, de foco… uma tentativa de seguir um certo equilíbrio existencial”, conta.

Em “Isso sempre me pareceu furioso”, segundo momento da obra, fala-se do ciclo de um amor, perdido e reencontrado. A terceira e última parte, “Cidades do século XXI”, é a mais política e trata daquilo que Leprevost descreve como um mal estar em relação aos caminhos que o mundo está tomando. “Não são poemas panfletários, que levantam bandeiras. São poemas sobre algo que vem disso e passa por mim. E têm a intenção de ser mais amplos, não são datados ou endereçados a alguém”, explica.

O livro pode ser adquirido na Livraria Arte & Letra - Alameda Dom Pedro II, 44 - Batel, em Curitiba.

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