Habitat, novo trabalho da Companhia Súbita de Teatro, fica em cartaz até 24 de fevereiro
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Habitat, novo trabalho da Companhia Súbita de Teatro, fica em cartaz até 24 de fevereiro


Como se cria um trabalho cênico apenas a partir de uma ideia, sem ter o texto ou a dramaturgia como base? Janaina Matter, Pablito Kucarz, Helena de Jorge Portela, Conde Baltazar e Victor Hugo, atores e atrizes da Súbita Companhia de Teatro, de Curitiba, partiram praticamente do zero para dar corpo ao projeto Habitat.

O espetáculo é formado por cinco solos e fica em cartaz no Teatro José Maria Santos (R. Treze de Maio, 655 - São Francisco) até dia 24 de fevereiro, de quarta a domingo, com dois solos por dia, às 19h e às 21h. A classificação etária é de 16 anos e a entrada é gratuita.

Foram três meses de processo colaborativo cuja proposta era investigar o próprio corpo como casa, como lugar de atravessamento de questões poéticas, políticas e estéticas, como lugar que se habita e cuja existência se revela em suas múltiplas dimensões.

O que cada corpo carrega?

Quais memórias, identidades e subjetividades habitam nossos corpos?

Como revelam-se ou se escondem?

O que dizem quando estão em cena?

Quem afinal habita esses corpos?

Cada artista encontrou suas próprias respostas e construiu a dramaturgia do seu trabalho solo orientados pela diretora Camila Bauer, de Porto Alegre (RS). A direção geral do projeto é de Maíra Lour. Integram a equipe: Álvaro Antônio (assistente de direção e sonoplastia), Babaya (preparadora vocal), Guenia Lemos (cenário), Val Salles (figurino), Beto Bruel (iluminação), Michele Menezes (direção de produção) e Gabriela Berbert (produção executiva).

Em cena surgem múltiplos corpos: o corpo mulher, o corpo cicatriz, o corpo mãe, pai, filho, filha, o corpo morte, água, pedra, barco, fuga, o corpo afrofuturista, ficção, o corpo que não é, a falta. “Habitat é um momento importante para a Súbita, pois permite reconhecermo-nos como indivíduos e como coletivo”, reflete Maíra. “Este projeto nos move como grupo a partir dos interesses artísticos individuais, o desenvolvimento desta pesquisa nos trouxe a possibilidade de criarmos trabalhos com proposições estéticas muito diferentes, que afirmam as várias potências de criação presentes na companhia”, completa.

SOBRE OS SOLOS

HABITAT – Estudos do Corpo como Casa (5 solos)

SINOPSES

JANAINA MATTER / MULHER, COMO VOCÊ SE CHAMA?

1. Este solo parte de uma inquietação em relação ao apagamento das mulheres na história do mundo. De um contexto amplo até a aproximação com a intimidade da atriz e das mulheres da família, o espetáculo ressignifica nomes e feitos históricos como forma de reviver, resgatar, enaltecer e corporificar a presença das mulheres no passado, no presente e sensibilizar sua força para o futuro.

2. Esse solo é uma busca de encontro entre o que já foi, o que é e o que pode ser. É um movimento de falar de onde eu vim pra tentar entender se silêncio é abismo ou ponte. É para chamar toda mulher que já passou por aqui e as que aqui estão.

PABLITO KUCARZ / O ARQUIPÉLAGO

1. Quanto tempo o corpo leva para cicatrizar? O que esta cicatriz pode dizer sobre quem você é? Solo autoral do ator Pablito Kucarz, a peça traça um retrato familiar e seus conflitos a partir de marcas na pele e na memória.

2. Um homem em pé, em uma sala, com um copo d’água na mão. Ele está sobre um pedaço de terra no litoral que começa a sofrer erosão, provocada pela ação de correntes marítimas. O solo vai se desgastando e, com o tempo, o buraco é tão grande que este pedaço de terra se distancia do continente na superfície, apesar de continuarem unidos no fundo do mar. Esta peça é sobre atravessar a água salgada.

HELENA DE JORGE PORTELA / FOI ASSIM QUE O OCEANO INVADIU A MINHA CASA

Uma história sobre duas atrizes, que em uma tarde como qualquer outra, tiveram suas vidas separadas pelo mar. O mar que carrega o luto e a dor. Um espetáculo solo que tenta agarrar o tempo com as mãos. Mãe e filha à deriva no oceano. “Se você me desse mais um segundo...” O que vc faria se tivesse mais tempo? A vida não tem ensaio. Espetáculo bilíngue (Libras e Português)

CONDE BALTAZAR / UMA HISTÓRIA SÓ

Meu corpo é uma casa que é vizinha da casa do meu filho. Um homem, um pai, conta através do seu corpo esburacado, sua relação com a infância, seu pai, seu avô.... Um buraco que começou pequeno, uma falta quase invisível e a ausência se instalou na carne e o silêncio se tornou uma mochila para guardar as memórias dos dias.

A paternidade é esse labirinto, infinito, com zonas de descanso. Nenhum filho se deixar moldar à vontade dos pais. É uma história sobre pequenas coisas; a vontade de andar de trem, de conhecer o mar e também sobre a falta, quando não dá para se despedir.

VICTOR HUGO / PIRATARIA

Uma tentativa de fuga, um escape, uma mensagem codificada, uma corrente. gritaria. a pele, o maior órgão do corpo. um vírus. você acha que eu estou ficando louco? você vai me deixar aqui? Uma ficção visionária, um holograma, arquivo oculto, um corpo no espaço.

PROGRAMAÇÃO

Quarta-feira (20/02)

19h PIRATARIA / Victor Hugo

21h MULHER, COMO VOCÊ SE CHAMA? / Janaina Matter

Quinta-feira (21/02)

19h FOI ASSIM QUE O OCEANO INVADIU A MINHA CASA / Helena de Jorge Portela

21h UMA HISTÓRIA SÓ / Conde Baltazar

Sexta-feira (22/02)

19h MULHER, COMO VOCÊ SE CHAMA? / Janaina Matter

21h O ARQUIPÉLAGO / Pablito Kucarz

Sábado (23/02)

19h UMA HISTÓRIA SÓ / Conde Baltazar

21h FOI ASSIM QUE O OCEANO INVADIU A MINHA CASA / Helena de Jorge Portela

Domingo (24/02)

19h O ARQUIPÉLAGO / Pablito Kucarz

21h PIRATARIA / Victor Hugo

As informações são de Glaucia Domingos e Michele Menezes

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