![Marcelo Conrado](https://static.wixstatic.com/media/20653c_c5c997c9120f4dd885951a821e9826a9~mv2_d_2000_1700_s_2.jpg/v1/fill/w_147,h_125,al_c,q_80,usm_0.66_1.00_0.01,blur_2,enc_auto/20653c_c5c997c9120f4dd885951a821e9826a9~mv2_d_2000_1700_s_2.jpg)
“O que é original?” é o nome da exposição do artista Marcelo Conrado que está em cartaz no Museu Oscar Niemeyer (Rua Marechal Hermes, 999), até 18 de agosto. A indagação feita pelo artista instiga a discussão sobre o conceito de autoria na arte contemporânea, o uso e o direito da imagem, misturando as vertentes profissionais do artista; as Artes Plásticas e o Direito.
Doutor em Direito pela UFPR e professor da mesma universidade, Conrado também é formado no Centro Juvenil de Artes Plásticas de Prudentópolis. Ele explica que procurou abordar nessa mostra um tema recorrente, a autoria de uma obra de arte.
“Temos aqui uma discussão sobre os conceitos de autoria, anonimato, apropriação e originalidade na arte”, explica o artista. Para isso, ele utiliza 20 fotografias licenciadas de bancos de imagens, sobrepostas a frases anônimas, retiradas de pichações, redes sociais ou conversas casuais. “É um diálogo entre a apropriação de textos e imagens. Do duplo anonimato, das fotografias de banco de imagens e de frases, reivindico a autoria das obras”.
![Marcelo Conrado](https://static.wixstatic.com/media/20653c_ba0c8cba3aaa41da9412b2c846c8422f~mv2_d_2333_1974_s_2.png/v1/fill/w_49,h_41,al_c,q_85,usm_0.66_1.00_0.01,blur_2,enc_auto/20653c_ba0c8cba3aaa41da9412b2c846c8422f~mv2_d_2333_1974_s_2.png)
Pinturas
Em outro espaço da exposição, Conrado apresenta ao público 13 pinturas em grandes formatos. Estas, por sua vez, ao serem produzidas, receberam influência de outros artistas, o que mantém vivo o questionamento central da mostra. No espaço dedicado às pinturas, a autoria se faz presente por meio da mão do artista. Aqui não é possível delegar, diferente da sala dedicada às fotografias, onde a autoria é evidenciada pela via da apropriação.
“Conrado se equilibra em duas vertentes. Na pintura, exercita sua expressão, emoção e subjetividade”, explica a curadora Maria José Justino. “A inclinação de Conrado pela fotografia e pela citação busca explorar outras possibilidades que os novos meios emprestam à arte”, afirma.
Ao se apropriar de ideias e citações, o artista alarga a fotografia e possibilita outro universo simbólico, novos sentidos a serem habitados, segundo informa a curadora.
A mostra conta ainda com um painel de LED com frases em movimento, que remete a locais públicos de grande circulação que utilizam tal ferramenta de comunicação. Ao final, uma obra interativa convidará o público a deixar contribuições para possíveis futuros trabalhos do artista.
O Museu Oscar Niemeyer fica aberto para visitação de terça-feira a domingo, das 10h às 18h. Nas quartas-feiras a entrada gratuita.