A cultura polonesa representada nas danças e cantos do Wisła
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A cultura polonesa representada nas danças e cantos do Wisła

Com 9 décadas de história, grupo folclórico reúne 140 integrantes. |

Em 1928, a iniciativa de um professor polonês radicado em Curitiba, começava a movimentar os primeiros passos de uma grande coreografia que, até hoje, 92 anos depois, emociona toda comunidade polonesa que vive no Brasil. Foi a partir daquela ideia simples do Professor Tadeusz Morozowicz, que o Paraná viu surgir o Grupo Folclórico Polonês Wisła.


Hoje, 140 pessoas compõem esta grande família de descendentes e imigrantes. A cada ano, eles nos brindam com um belíssimo espetáculo no palco do Teatro Guaíra, no grande Festival Folclórico de Etnias do Paraná. Isso sem contar as turnês internacionais e as diversas premiações em eventos de dança pelo mundo!



Entretanto, em 2020, o Festival paranaense precisou se adaptar às mudanças impostas pela pandemia de coronavírus e será, pela primeira vez em sua história, realizado de um jeito diferente.


O público poderá conferir este ano a reapresentação de danças dos grupos em vídeo, com comentários em uma transmissão ao vivo pela internet. Uma ideia que certamente vai multiplicar o alcance do Festival e que promete ser uma grande festa... mas cada um na sua casa!


A apresentação do Grupo Wisła será no dia 27 de agosto de 2020, às 20h.

Dariusz Piotr Bonisławski (Presidente da Stow. Wspólnota Polska) e Lourival de Araújo Filho, do Wisła

Um momento diferente


A Toca Cultural conversou com Lourival de Araújo Filho, Diretor Artístico e Coreográfico do Wisła, para saber como o grupo está se adaptando a essa nova realidade.


Ele conta que foi preciso se reinventar e que, mesmo nesse período de isolamento, o grupo não parou! Foram realizados ensaios online, palestras, aulas de culinária, e bate-papos com pessoas influentes da cultura polonesa. Tudo virtual, é claro! E que, justamente por isso, infelizmente, algumas atividades precisaram ser adiadas.

“Tivemos que alterar um pouco nossa programação. Tínhamos para este ano dois convites para participar de eventos internacionais. Um para Connecticut, nos EUA, e outra turnê pelo Chile e Peru. Receberíamos um Grupo de Danças Eslavas, vindo da Lituânia, em julho, que também não foi possível”, relata.

O Grupo ainda criou iniciativas solidárias, como uma grande campanha de confecção de máscaras, que foram doadas para os idosos de duas casas de repouso de Curitiba.


Alguns membros do grupo paranaense também precisaram ser fortes para encarar o isolamento diante da doença. Um pai de uma dançarina ficou 17 dias internado e, recentemente, um dançarino, que é tesoureiro do grupo, também ficou nove dias internado.


“Não pretendemos voltar os ensaios antes da liberação total das autoridades de saúde. Dançar de máscara é uma possibilidade remota, porque enquanto o vírus estiver circulando, não estaremos seguros”.

Para Lourival, que está há 23 anos no grupo folclórico, no fim de tudo, vai ficar um grande aprendizado.

“Temos que compreender o momento e tentar tirar o que há de melhor nele. Talvez tenhamos a oportunidade de rever conceitos e dinamizar nosso trabalho para esta nova realidade. Estamos há mais de cem dias nesta situação.
É um período que vai deixar marcas, é claro! Mas nosso grupo, com 92 anos de história, vai tirar ensinamentos positivos disso tudo, de como cuidar e valorizar o outro, para preservar essa grande família que construímos com tanto amor”.


Confira algumas fotos da Toca Cultural, das apresentações do Wisła em anos anteriores:







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