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Antonio Carlos Bigonha lança "Saudades de Amanhã" com arranjos de Dori Caymmi

Toca Cultural

Álbum traz nove faixas instrumentais que rementem ao universo sonoro de Tom Jobim.

Fotos: Aurélio Emanuel Pires Pereira

Saudades de Amanhã é o quarto álbum do compositor e pianista Antonio Carlos Bigonha e o seu segundo trabalho com arranjos e orquestrações do maestro Dori Caymmi. O álbum apresenta a estreia da parceria de Bigonha e Dori, nas faixas Prólogo e Epílogo.

"Somos amigos há quase quinze anos, mas somente agora ficamos à vontade para escrever música juntos. E espero que venham outras canções", diz o pianista.

As nove faixas remetem imediatamente ao universo sonoro de Tom Jobim, além de transparecer as influências confessas de Egberto Gismonti e Villa-Lobos e dos renomados compositores de trilha para cinema Michel Legrand, Henry Mancini e Ennio Morriconi.


Saudades de Amanhã conta com participação dos músicos Jorge Helder (contrabaixo), Jurim Moreira (bateria) e da Orquestra de Cordas de São Petersburgo, Rússia, além do próprio Dori Caymmi, ao violão. Com distribuição do selo paulistano Tratore, o álbum será lançado nas plataformas digitais em 17 de dezembro.


Dori Caymmi teve a ideia de orquestrar alguns temas de Bigonha quando ouviu o álbum Anathema, e sugeriu começarem por Lullaby e Paisagem da Memória. O resultado agradou tanto que Bigonha lançou novas ideias, entre elas um tema inédito, "Perto do Tom", composto em parceria com Clodo Ferreira. A proximidade com Tom Jobim tornou-se a marca de Saudades de Amanhã, inclusive por Dori ter sido amigo, colaborador e arranjador do mestre da bossa nova.


Devido ao isolamento social, o piano foi gravado por Bigonha, pela primeira vez, em sua casa, em Brasília. As bases foram gravadas por Dori, Jorge e Jurim no Rio de Janeiro e as cordas em São Petersburgo, na Rússia. O que faz de Saudades de Amanhã uma produção intercontinental e peculiar. "Busquei expressar, sem palavras, os sentimentos contraditórios provocados pela Pandemia de 2020", resume Bigonha.


Trajetória do pianista e compositor

Nascido em Ubá (Minas Gerais) e radicado em Brasília desde criança, Bigonha formou-se em piano pelo Conservatório Lorenzo Fernandes, no Rio de Janeiro, e é mestre em Música pela Universidade de Brasília. Tem quatro álbuns de música instrumental gravados: Azulejando (2004), Urubupeba (2010), Anathema (2018) e Saudades de Amanhã (2020).


O primeiro álbum, Azulejando, foi vencedor do IV Prêmio BDMG de Música Instrumental. Neste trabalho Bigonha contou com a participação de grandes músicos mineiros, como Toninho Horta, Juarez Moreira, Marina Machado e Maurício Freire.


Urubupeba, seu segundo trabalho autoral, foi arranjado e conduzido pelo maestro Dori Caymmi e finalista no 24º Festival da Música Brasileira, na categoria melhor arranjo. Segundo o compositor e poeta Paulo César Pinheiro, que assina a contracapa do CD Urubupeba, a música de Bigonha representa o Brasil musical, latente, de jobiniana alma.


Em Anathema, Bigonha explora as possibilidades sonoras da formação piano trio para apresentar 12 temas inéditos, acompanhado por Jorge Helder, no contrabaixo, e por Jurim Moreira, na bateria.


Bigonha apresenta-se regularmente em público, em espaços de música como o Clube do Choro e o Feitiço Mineiro em Brasília, a Casa do Choro e o Espaço Cultural Arthur da Távola no Rio de Janeiro e em festivais, como o Guaramiranga Jazz & Blues, no Ceará.

Informações/Colaboração: Luciana Braga

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