“De repente eu me toquei / Tem toda uma vida pra levar / Não tem vida pra perder / Se perder tem que achar / Não dá pra desperdiçar”.
Assim começa a comemoração dos 25 anos de parceria musical de Dante Ozzetti e Luiz Tatit, no disco Abre a Cortina. Os versos são de Ao Menor Sinal, primeira faixa do álbum de canções inéditas, que será lançado nas plataformas digitais no dia 22 de outubro, assim como em CD físico através do Selo Circus.
Composto, produzido e gravado ao longo da pandemia, obedecendo os protocolos de segurança, Abre a Cortina conta com as participações especiais de Ná Ozzetti, Patrícia Bastos, Renato Braz, Livia Mattos e Livia Nestrovski, além de instrumentistas que reforçam que essa é mesmo uma festa de peso, como Tiago Costa (piano), Fi Maróstica (baixo), Guilherme Held (guitarra), Sérgio Reze (bateria), Fernando Sagawa (baixo), Bruno Buarque (Percussão), Marta Ozzetti (flauta), Adriana Holtz (violoncelo), Fábio Tagliaferri (viola), Fábio Curi (fagote), Zezinho Pitoco (clarinete), Rui Barossi (tuba), Nazaco Gomes (percussão) e Reanto Rosas (banjo), além é claro, dos violões, arranjos e direção musical de Dante Ozzetti.
O repertório do disco é formado por Ao Menor Sinal, Abre a Cortina, Declaração, Quem Me Diz, Duas Lívias, Sobreviver, Sentimento é Assim, Já Estava Aqui, Vão e Só Que Não Só Que Sim. Todas as composições são de Dante Ozzetti e Luiz Tatit. As canções são sempre interpretadas em duplas, algumas com Dante e Tatit, outras com um deles e convidados especiais, com exceção de Vão, só interpretada por Tatit e Declaração, cantada apenas por Ná Ozzetti.
O projeto foi viabilizado pelo EDITAL PROAC Nº 12/2020 – GRAVAÇÃO DE ÁLBUNS MUSICAIS INÉDITOS E REALIZAÇÃO DE SHOWS DE LANÇAMENTO (PRESENCIAIS E/OU ONLINE)
A Parceria
São mais de quatro décadas de amizade, muitas histórias e uma perfeita sinergia refletida nas músicas da dupla. O processo criativo ao longo dos anos tem sido quase sempre o mesmo: Dante mostra a melodia para Tatit que em seguida, compõe a letra que surpreende pela total identificação, mesmo que nenhum briefing tenha sido passado. “Eu nunca entendi como ele consegue falar tão perfeitamente dentro do universo da música que eu pensei, sem que eu diga a ele qual caminho seguir”, relata Dante. E Tatit justifica, “a melodia composta pelo Dante é tão forte que motiva a letra, como uma transmissão de pensamento”. Dezenas de canções nasceram dessa parceria, como Os Passionais, Alguém Total, Estopim, Achou!, Terra à Vista, entre muitas outras que foram gravadas por cantoras como Ná Ozzetti, Patrícia Bastos, Ceumar, Mariana Aydar, Zélia Duncan.
Os músicos
O paulistano Dante Ozzetti é compositor, arranjador e violonista. Tem desenvolvido ao longo do tempo, um trabalho de criação musical com sua irmã, a cantora Ná Ozzetti. Foi produtor artístico e arranjador do primeiro disco solo de Ná, e produtor executivo e arranjador do CD NÁ (1994).
Por esses trabalhos, lhe foram atribuídos dois PRÊMIO SHARP como Melhor Arranjador e Melhor Disco. Foi o vencedor do III PRÊMIO VISA DE MÚSICA – Edição Compositores, em 2000. Prêmio do júri, e também vencedor do prêmio popular.
Em 2001 Lançou o cd ULTRAPÁSSARO. Em 2006, com a cantora Ceumar, lançou o cd ACHOU! Tem se dedicado aos estudos dos ritmos da Amazônia e desenvolvido trabalho autoral nesse campo, além de intenso trabalho junto aos músicos da região. Em 2011 trabalhou nos arranjos e na concepção dos discos “Meu Quintal” (2011) e “Embalar” (2013) da cantora Na Ozzetti.
É o diretor musical, produtor e arranjador dos discos “Zulusa” da cantora amapaense Patrícia Bastos, vencedor do Prêmio da Música Brasileira como “Melhor disco regional” de 2013 e o recente Batom Bacaba. Em 2016 lançou o disco instrumental “Amazônia Órbita”, trabalho inspirado nos ritmos da Amazônia, com composições próprias feitas a partir das inflexões de ritmos da Amazônia. Em 2018, dirigiu e arranjou o espetáculo Canção de Amor Demais, com Ná Ozzetti, produziu Princesa de Aiocá, de Mariana Furquim, por esse álbum, em 2019, recebeu o Prêmio Profissionais da Música como Melhor Produtor Musical.
Em 2019 dirigiu e fez os arranjos do espetáculo Tirando de Letra- Dante Ozzetti toca Tom Jobim, realizado no Sesc 24 de Maio. Em 2021 lança o álbum Timbres e Temperos dos compositores amapaenses Joãozinho Gomes e Enrico di Miceli e da cantora Patrícia Bastos.
Luiz Tatit é professor do Departamento de Linguística da U.S.P. e autor de diversos livros, lançados no Brasil e fora, como Semiótica da Canção: Melodia e Letra (Escuta, 1994), O Cancionista: Composição de Canções no Brasil (Edusp, 1996), O Século da Canção (Ateliê, 2004), Passos da Semiótica Tensiva (Ateliê, 2019), entre outros.
Em sua atividade como músico, lançou seis discos com o Grupo Rumo e, mais tarde, os álbuns-solo Felicidade (1998), O Meio (2000), Ouvidos Uni-vos (2005), Rodopio-CD e DVD (2007), Sem Destino (2010) e Palavras e Sonhos (2016). Com José Miguel Wisnik e Arthur Nestrovski, lançou o DVD TATIT/WISNIK/NESTROVSKI, O Fim da Canção (2012), e, com Arrigo Barnabé e Lívia Nestrovski, o CD De Nada Mais a Algo Além (2014). Com o Grupo Rumo, lançou ainda o álbum Universo (2019).
Em 2006, seu álbum Ouvidos Uni-vos ganha o 2º Prêmio Bravo! Prime de Cultura, na categoria Música / CD. Em 2012, a cantora Zélia Duncan lançou o musical Totatiando em homenagem à obra do compositor, sob a direção geral de Regina Braga e a direção musical de Bia Paes Leme.
Informações: Débora Venturini | Venturini Assessoria de Comunicação
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