Gravado na Vila Missionária, zona sul de São Paulo, a obra mostra a relação de luta, resistência e criação cultural do artista James Bantu.
SE PÁ (Brasil, 2021) da cineasta Pri Magalhães, traz a história de vida do artista James Bantu e a sua relação com o bairro onde vive, a Vila Missionária. Entre os becos e vielas, avenidas e pontos de referências, ele conta um pouco da sua trajetória e o que o motiva a criar sua arte através da música.
O curta propõe ao espectador refletir sobre a relação da Vila Missionária, bairro com 60 anos na zona Sul de São Paulo e a influência que traz para o artista. Com belas imagens do local, de bairros vizinhos e vários depoimentos enriquecedores, a obra é um convite para descobrir como o local faz parte da essência e veia artística do cantor.
Pri Magalhães, diretora do curta, revela que ao contar a história de James está ligado diretamente com sua relação ao bairro.
“Quem acompanha e conhece o trabalho do James Bantu sabe o quanto está relacionado ao lugar onde ele mora. Moro na Vila Missionária, nasci aqui, então essa narrativa também tem muita relação com minha própria história. Sempre quis falar um pouco mais sobre o lugar onde vivo, falar e retribuir um pouco mais sobre o que faço para minha própria comunidade.”
Com James Bantu e outros artistas que moram na região, a produção apresenta uma oportunidade de diálogo sobre a importância da arte nesses locais. Um documentário que transita entre o poético, o político e a importância de buscar nossas ancestralidades.
O lançamento do documentário “Se Pá” é uma das últimas ações da 3ª Edição do Festival Cultural Pangeia, com o tema “Américas e África”, que teve início em Janeiro de 2020, nesta edição no formato totalmente online, devido às condições impostas pela pandemia do Covid-19. O curta já está disponível na plataforma de streaming Todesplay (www.todesplay.com.br) e pode ser assistido de forma gratuita.
Assista ao teaser:
Ficha técnica:
Direção: Pri Magalhães
Direção de Fotografia: Koji Freemind
Duração: 17 minutos
Realização e Produção: Coletivo Misturarte
Sobre o Festival Cultural Pangeia
O nome do festival é uma referência a Pangeia, que era o grande continente, a primeira crosta terrestre que existiu antes da separação que formou os seis continentes que conhecemos hoje: África, Ásia, Europa, Oceania, América e Antártida. Apesar das divisões continentais, a proposta é a união das culturas, assim, o Festival Cultural Pangeia consiste na realização de um festival voltado a cultura brasileira e as influências da construção de nossa cultura a partir das conexões com outros povos.
O Festival Cultural Pangeia foi contemplado nos anos de 2016 e 2017 pelo Programa VAI da Secretaria de Cultura de São Paulo. Na atual edição o festival foi contemplado em 2019 no 4º Programa de Fomento a Periferia com o projeto “Conexão Américas e África”, relacionando a influência da cultura Afrodiaspórica nas Américas.
Sobre o Coletivo Misturarte
O coletivo MisturArte, formado por artistas da periferia de São Paulo, em sua maioria da Zona Sul, promove desde 2016 o Festival Cultural Pangeia. A equipe é composta por: Pauliana Reis, Pri Magalhães, Manuel Victor, Ana Paula de Souza, Renata Rodrigues e Mônica Ulo.
Informações: CHPress Comunicação e Estratégia
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