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Toca Cultural

Jesus Kid, de Aly Muritiba, estreia nos cinemas no dia 9 de junho

Longa recebeu o prêmio de Melhor Roteiro, Melhor Ator Coadjuvante e Melhor Diretor, em Festival de Gramado de 2021.

Cena de Jesus Kid, de Aly Muritiba

Baseado na obra homônima de Lourenço Mutarelli, o longa tem roteiro original de Aly Muritiba e é protagonizado por Paulo Miklos, que interpreta Eugênio, um escritor de pocket books de Western, que atravessa uma fase difícil. Seu personagem mais famoso, Jesus Kid, está indo mal de vendas e a editora ameaça tomar-lhe o personagem e entregá-lo a outro escritor. Então aparece o que poderia ser a sua salvação.


Filmado todo em Curitiba, produzido pela Grafo Audiovisual e com equipe curitibana, a cidade é também uma personagem e o longa tem diversas locações por diferentes bairros da capital, como Grand Hotel Rayon, Bar do Hotel Slaviero, Bar Natal, Restaurante Madalosso, Prédio Tieman, Kraft, etc.


Paulo Miklos interpreta Eugênio

Eugênio é contratado por um produtor e um diretor de cinema para escrever o roteiro de um filme. O único problema é que ele tem que escrever este roteiro dentro de um hotel luxuoso, do qual, por contrato, não pode sair por três meses.

“Foi uma experiência vertiginosa viver o protagonista de Jesus Kid. No Brasil de hoje, a realidade superou a ficção. Não é o que acontece com Eugênio, ele escreve e o personagem da sua história reescreve o seu destino. Este é um filme que será sempre profético”, comenta Paulo Miklos.
Sérgio Marone é Jesus Kid, em filme de Aly Muritiba

Sergio Marone dá vida a Jesus Kid e foi através de Marone que Muritiba conheceu o livro de Mutarelli.“Conheci o livro do Mutarelli em 2012 através do Sérgio Marone. Àquela época eu estava circulando com A Fábrica (um de meus curtas) pelos festivais e Sérgio o viu e gostou. Ele havia negociado os direitos de adaptação do livro do Lourenço há pouco e me convidou pra escrever o roteiro. Tempos depois acabei assumindo a direção também”, explica Muritiba.

“Li Jesus Kid em 2010 quando buscava uma história para adaptar pro cinema. Vi que dava um filme bem divertido. No Hollywood Brazilian Film Festival, em Los Angeles, assisti “A Fábrica", um curta do Aly, e fiquei fascinado com a sensibilidade e talento dele. Era o diretor ideal para fazer Jesus Kid, meu primeiro filme como produtor, além de ator. Foi um processo longo, sensacional. A sensação de ver a primeira diária no set acontecendo, foi indescritível. Muito emocionante mesmo, a realização de um sonho”, comenta Sérgio Marone.

Assista ao trailer


O elenco conta ainda com as presenças de Leandro Daniel, Luthero Almeida, Fábio Silvestre, Otávio Linhares, entre outros.


O processo de adaptação do texto literário para um roteiro original de cinema foi bastante longo, começou em 2012 e terminou em 2019. Muritiba fez questão de criar uma história que tivesse a sua visão sobre o universo criado por Mutarelli, por isso o filme tem diferenças em relação ao livro.

“Nesse meio tempo o mundo mudou, o Brasil mudou muito (pra pior) e eu peguei toda minha fúria pós eleições de 2018 e botei no roteiro atualizando aquela história para um mundo distópico, conservador e quase ditatorial, algo nada parecido com o Brasil de 2021 (risos...nervosos)”, complementa Muritiba.

Fã do gênero Western desde a infância, Muritiba usou diferentes referências para compor Jesus Kid, que vão de Jim Jarmusch, Irmãos Coen a Tarantino.


“Gosto muito de Western. É um gênero que me acompanha desde a infância nos cinemas de lona que se instalavam do lado de minha casa em Mairí. Ali, nos anos 80, só se exibia Western Spaghetti, filmes de artes marciais e pornôs. E eu assistia muitos destes filmes porque era de minha casa que puxavam uma mangueira de água para abastecer os tonéis da equipe que cuidava daqueles cinemas itinerantes. Em troca recebíamos passe livre para assistir aos filmes, todos antigos e em cópias arranhadas. Essas foram as minhas primeiras experiências com uma projeção de cinema (não dá pra chamar de sala, porque estava mais para circo com arquibancadas de madeira)”, conta Muritiba.



O filme é uma produção da Grafo, da SPM e da Muritiba Filmes, tem distribuição da Olhar Distribuição em parceria com a Art House.


Sobre a produtora:


A Grafo Audiovisual é produtora dos filmes: Jesus Kid (Gramado) Ferrugem (Sundance, Melhor Filme Festival de Gramado), Para minha amada morta (7 prêmios Festival de Brasília, Zenith de Prata em Montreal, San Sebastian), Circular (Festival do Rio), A gente (Prêmio da ONU no Dok Leipzig) Zona Árida (Menção Especial no Dok Leizpig), A mesma parte de um homem (Prêmio Helena Ignez na Mostra de Tiradentes), Pátio (Cannes), O Estacionamento (Melhor Curta Festival do Rio), A Fábrica (Oscar shortlist, Menção Especial Clermont Ferrand), Ainda Ontem (Clermont Ferrand), Tarântula (Veneza). Ainda produziu a coprodução Brasil-Portugal-Moçambique Avó Dezenove e o Segredo do Soviético. Possui mais 2 filmes para serem lançados: Deserto Particular e Nunca Nada Aconteceu (coprodução BR-PT-BE) e três novos longas e uma série para os próximos meses. Também é responsável pelo Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba.


Sobre a Olhar Distribuição:


A Olhar Distribuição nasceu do desejo de buscar a pluralidade de experiências, de visões de mundo, de mostrar a diversidade que existe no contexto em que vivemos. Cada filme tem um universo próprio, repleto de cores, texturas, sorrisos, dilemas e culturas singulares. Nosso objetivo é respeitar cada obra e transpor as fronteiras que limitam os mundos ficcionais e reais, e levá-las a outros olhares, cercados de realidades distintas, a fim de sensibilizar e provocar a reflexão.

Os filmes já distribuídos pela Olhar são: “Meu Corpo é Político”, “A gente”, “Ferrugem”, “Homem Livre”, “António Um Dois Três”, “Eleições”, “Dias Vazios”, “A Parte do Mundo que Me Pertence”, “Rafiki”, “Fernando”, “Meu Nome é Daniel”, “Nóis por Nóis” e “Alice Júnior”


Informações: Karina Almeida - Assessoria

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