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Livro sobre a trajetória da artista Teca Sandrini será lançado dia 22 de março

As memórias da artista plástica foram escritas pelo historiador Ricardo Freire, na forma de biografia.

Estela Sandrini Teca - Fotografo Wagner Roger
"Teca" - Estela Sandrini | Foto: Wagner Roger

Livro com as memórias de Teca Sandrini, artista plástica da geração de 1960, será lançado no dia 22 de março, na sede da Academia Paranaense de Letras, o Belvedere do Alto do São Francisco, em Curitiba. O lançamento comemora os 80 anos da artista.


O livro Fogo no Bordel - Memórias de Teca Sandrini foi escrito pelo historiador Ricardo Freire na forma de biografia romanceada e traz as memórias de todos os papéis desempenhados por Teca Sandrini: artista, professora, mulher, mãe, esposa e profissional. Estela Sandrini, também conhecida no meio artístico como Teca, acumula mais de 60 anos como personagem ativa nas artes plásticas paranaenses. Ela possui extensa e premiada produção de desenhos, gravuras, pinturas e esculturas. Destacou-se também como professora na Escola de Música e Belas Artes do Paraná (EMBAP), na PUC-PR, no Centro de Criatividade de Curitiba e na Penitenciária Feminina do Paraná.


A narrativa traz informações interessantes e curiosas sobre os ancestrais da artista, que hoje em dia são personagens históricos do Paraná, como Emília Erichsen, barões e viscondessas dos Campos Gerais, e heróis do Cerco da Lapa, como Amintas de Barros. Personagens que fizeram Curitiba desfilam sem cessar pelo livro, como o avô Antônio Lacerda Braga, empreiteiro e incorporador; o tio Ney Braga, prefeito de Curitiba e governador do Paraná e o pai, jornalista José Ernesto Erichsen Pereira. Professores e colegas da EMBAP também possuem lugar garantido nas memórias, como os professores Guido Viaro, Erbo Stenzel, Theodoro De Bona e Freyesleben; e os colegas Fernando Calderari, João Osorio Brzezinski, Juarez Machado e Fernando Bini.


As memórias fazem referência também a pessoas comuns que marcaram a vida da artista, como empregadas domésticas, prisioneiras, modelos e vizinhas. O fio condutor dessas memórias, contudo, é a condição física da artista, que desde a infância foi acometida pela perda gradual da visão. Os dilemas e desafios de uma artista visual cega são mostrados no livro de forma poética e, às vezes, dramática.

capa do livro de Teca Sandrini
Capa do Livro (Divulgação)

A ideia do livro surgiu quando Teca Sandrini era presidente-diretora do Museu Oscar Niemeyer (MON), ocasião na qual passou a narrar as memórias que tinha sobre seus colegas artistas e sobre os professores da EMBAP a Ricardo Freire, que trabalha no MON como historiador. A partir daí as histórias foram se acumulando e se aprofundando a partir da pesquisa de Freire. Para Teca Sandrini, o surgimento do livro foi uma surpresa:

“Eu venho de uma família de escritores, mas nunca pensei em escrever um livro contando essas histórias; ao contá-las para o Ricardo, ele deu importância a elas, considerando-as interessantes para compor um livro e assim foi feito, com muita sensibilidade e seriedade da parte dele”.

A artista diz que recebeu o resultado com espanto, porque o autor soube captar as histórias e transmiti-las numa prosa interessante e profunda.


O professor e jornalista José Carlos Fernandes, que foi aluno de Teca e que prefacia a obra, relembra que: “Gostávamos de ouvir suas narrativas, o que despertava no coletivo o desejo de que aqueles episódios um dia virassem livro, o que agora se realiza na pena de Ricardo Freire, com o delicioso Fogo no bordel. É uma obra cativante, com doses de suspense e catarse”.

A simbiose entre o escritor e a biografada é evidente, de modo que se torna perceptível nas linhas a voz da artista, como ainda considera José Carlos Fernandes: “O efeito ‘túnel do tempo’ que a obra produz é instantâneo: os textos trazem a dicção da artista, seu humor com ares de confidência, sua percepção aguda da divina comédia humana”.

 

Sobre o autor

Ricardo Freire é graduado em História, especialista em História Antiga e Medieval e mestre em Antropologia (UFPR). Colaborou com textos para os livros Casa do Contador de Histórias (FATUM, 2024), Trilhos e Traços - Poty 100 Anos(MON, 2024), Museu Oscar Niemeyer - Coleção Permanente (BEI, 2022), e para as revistas Helena (SEEC-PR, 2013) e Museu Oscar Niemeyer em Revista (MON, 2013). Ilustrou o livro Paz Guerreira (Nova Acrópole, 2011). Foi voluntário e diretor da Casa do Contador de Histórias, em Curitiba.

 

Sobre Teca Sandrini (Currículo resumido)

FORMAÇÃO

1963-67 - Curso Superior - Pintura / Escola de Música e Belas Artes do Paraná.

1968 - Didática de Desenho / Faculdade de Filosofia da Universidade Católica do Paraná.

1971-72 - Escultura - Prof. Juan Carlo Labourdette, Buenos Aires (Argentina)

1984-85 - Especialização em Antropologia Filosófica / Universidade Federal do Paraná.

1988-89 - Cursos contínuos - Maryland Institute of Art, Baltimore, Maryland (EUA)

 

EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS

1976 - Estela Sandrini - Sede da Fundação Cultural de Curitiba;

1983 - Dois Artistas Paranaenses - Galeria Banco Itaú, São Paulo;

1984 - Estela Sandrini - Caixa de Criação Galeria de Arte, Curitiba;

1988 - From Brazil: Estela Sandrini - Katzenstein Gallery, Baltimore, Maryland (EUA);

1989 - Estela Sandrini: Paintings and Drawings - Art Gallery of the Brasilian American Cultural Institute, Whashington, D.C. (EUA);

1997 - Estela Sandrini Retrospectiva - Museu Municipal de Arte - MuMA, Curitiba; 2001 - Das Sichtbare und das Unsichtbare - Brasilianisches Kulturinstitut in Deutschland - ICBRA, Berlim (Alemanha);

2001 - The Visible and the Invisible - Gallery Art at Format, Soho, Nova York (EUA); 2002 - Estela Sandrini - Gallery Art at Format, Soho, Nova York (EUA);

2005 - Caminhando - Gravuras em Metal - Casa da Cultura Emília Erichsen, Castro (PR);

2006 - Luzes que se apagam - Pinturas de Estela Sandrini - Casa Andrade Muricy, Curitiba;

2018 - O Que Havia e o Que Resta - Instituto Internacional Juarez Machado, Joinville (SC);

2021 - O Que Resta - Espaço Cultural BRDE, Curitiba;

2021 - O Sentido do Olhar Museu Municipal de Arte - MuMA, Curitiba.

 

PREMIAÇÕES

1965 - 9º Salão de Artes Plásticas Para Novos, Secretaria de Educação e Cultura do Paraná, Sala de Exposições da Biblioteca Pública do Paraná, Curitiba;

1980 - 4° Salão de Arte do Iguaçu, Secretaria de Estado da Cultura e do Esporte do Paraná, Foz do Iguaçu (PR);

1980 - I Salão de Artes Plásticas de Assis, Prefeitura Municipal de Assis/SESC, Assis (SP);

1981 - 34º Salão de Artes Plásticas de Pernambuco, Prêmio Caixa Econômica Federal, Recife;

1983 - 40° Salão Paranaense, Secretaria da Cultura e Esporte do Paraná, Curitiba;

1984 - 6ª Mostra do Desenho Brasileiro, Prêmio Secretaria da Cultura e do Esporte, Curitiba;

1985 - Salão Nacional de Arte, Prêmio Belkiss Spenciére de Mendonça, Museu de Arte de Goiânia;

1986 - 7ª Mostra de Gravura, Museu da Gravura, Curitiba;

1986 - 43° Salão Paranaense, Prêmio Viagem, Secretaria da Cultura e do Esporte do Paraná, Curitiba.

 

OBRAS EM ACERVOS

Caixa Econômica de Brasília (DF);

Coleção the Brazilian American, Cultural Institute, Washington D.C., (EUA);

Coleção Particular Gilberto Chateaubriand, Rio de Janeiro;

Coleção Particular Carol Pulin, Washington D.C., (EUA);

Escola de Música e Belas Artes do Paraná, Curitiba;

Eubie Blake Cultural Center, Baltimore, Maryland (EUA);

Instituto Superior Administrativo e Economia do Mercosul, Curitiba;

Museu da Gravura, Curitiba;

Museu de Arte Brasileira - Fundação Armando Alvares Penteado, São Paulo;

Museu de Arte Contemporânea de Pernambuco, Olinda (PE);

Museu de Arte Contemporânea do Paraná, Curitiba;

Museu de Arte Moderna de Santa Catarina, Florianópolis;

Museu de Arte de Goiânia;

Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro;

Museu Metropolitano de Arte de Curitiba;

Museu Oscar Niemeyer, Curitiba;

Prefeitura Municipal de Assis (SP);

Prefeitura Municipal de Curitiba;

Coleção particular Renée Kajimoto (EUA).

  

Serviço

Lançamento do livro Fogo no Bordel - Memórias de Teca Sandrini

Data: 22 de março de 2025, das 10h às 15h

Local e endereço: Palácio Belvedere - sede da Academia Paranaense de Letras

Praça Doutor João Cândido, Av. Jaime Reis, sem número (ao lado das Ruínas de São Francisco).

Curitiba, Paraná



Informacões: Ana Caniatti

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