Peça infantil conta história de vilarejo onde não existem mais animais
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Peça infantil conta história de vilarejo onde não existem mais animais

A encenação apresenta ao público delicados temas, como os efeitos da discriminação e do bullying que isolam as pessoas, além da consciência de que o “outro” também tem medos, fragilidades e inseguranças.

Fotos: Jonatas Marques

Primeiro espetáculo infantil do Grupo XIX de Teatro, "Hoje O Escuro Vai Atrasar Para Que Possamos Conversar" ganha adaptação para o formato digital e será apresentado pelos pelas redes sociais dos teatros municipais da cidade de São Paulo, nos dias 5 e 6 de junho, em transmissão do Teatro Paulo Eiró; dias 11 e 12 de junho, pelo Teatro João Caetano; dias 19 e 20 de junho, pelo Teatro Arthur Azevedo e dias 26 e 27 de junho, pelo Teatro Alfredo Mesquita. As sessões são sempre aos sábados e domingos, às 16h, com ingressos gratuitos.

Com dramaturgia de Ronaldo Serruya e direção de Luiz Fernando Marques e Rodolfo Amorim, o processo criativo para montagem foi inspirado pelo romance De Repente, Nas Profundezas do Bosque, do escritor israelense Amós Oz. O elenco é formado por Janaina Leite, Juliana Sanches, Rodolfo Amorim, Ronaldo Serruya e Tarita Souza.

A peça se passa em um triste vilarejo onde não vivem mais animais, nem domésticos e nem silvestres. Algo muito estranho aconteceu no passado que provocou a fuga dos bichinhos e os transformou em seres quase mitológicos, lembrados apenas nas aulas da professora Rafaela.


Nesse lugar misterioso, vivem os colegas Santi, Clara e Luna, que, depois de sofrer bullying de seus colegas também desapareceu. Desconfiados de que Luna teria sido raptada pelo Espírito do “não-sei-o-quê” do bosque, Santi e Clara partem floresta adentro em busca da amiga.

A encenação apresenta ao público delicados temas discutidos pela obra de Amós Oz, como os efeitos da discriminação e do tratamento indesejado, como o bullying isola as pessoas e a consciência de que o “outro” também tem medos, fragilidades e inseguranças. A ideia é fazer com que as crianças entendam a alteridade como uma extensão do eu, desconstruir o processo vicioso de desqualificação de um indivíduo por causa de suas diferenças e mostrar que as pessoas formam juntas as conexões do tecido social de uma comunidade.

“Queríamos discutir como desmontar uma estrutura normativa que permite a perpetuação desse mecanismo de opressão social na escola. Eu também me inspirei na minha própria história, pois fui vítima de bullying e vivenciei esse sistema opressor. E, na época, não havia uma estrutura para discutir isso, em nenhuma instância. O bullying era tratado como algo normalizado dentro daquele universo”, comenta o autor Ronaldo Serruya.

Conhecidos pela interatividade com a plateia em suas montagens, o Grupo XIX revisitou a versão filmada da peça e gravou novas cenas, adaptando as passagens de tempo e a duração do espetáculo para ficar mais dinâmico.

“Misturamos a versão gravada com cenas novas para dar uma perspectiva da interação e para que as crianças possam acessar essa história e, assim como na peça presencial, manter o vínculo, se envolver com a busca da Luna e com o som dos bichos e da floresta. Mantivemos a linguagem estética da peça com ilustrações da Ligia Yamaguti para esse imaginário virtual”, conta o diretor Luiz Fernando Marques.

A trilha sonora da peça, pensada pela diretora musical Tarita Sousa, também foi gravada em estúdio para essa experiência. Os sons da natureza e dos bichos foram criados com materiais naturais, como paus de chuva do cerrado brasileiro, folhas secas e de vários tipos de vegetação, bambus e gravetos, combinados com teclado e violão.

Serviço:

HOJE O ESCURO VAI ATRASAR PARA QUE POSSAMOS CONVERSAR

Duração: 40 minutos.

Classificação etária: Livre.

Criação: Grupo XIX de Teatro. Direção: Luiz Fernando Marques e Rodolfo Amorim. Dramaturgia: Ronaldo Serruya. Atores-criadores: Janaina Leite, Juliana Sanches, Ronaldo Serruya, Rodolfo Amorim, Tarita de Souza. Trilha Sonora: Tarita de Souza. Figurinos: Juliana Sanches. Cenário: Luiz Fernando Marques e Rodolfo Amorim. Adereços: Felipe Cruz (Bosque) e Juliana Sanches (Aldeia). Cenotécnico: Zé Valdir. Costureiro: Otávio Matias. Produção: Cristiani Zonzini e Gabi Costa. Desenhos material gráfico: Ligia Yamaguti. Material gráfico: Rodrigo Pocidônio. Fotos, vídeos, mídias sociais e produção visual: Jonatas Marques.


Informações / Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli.

TEATRO PAULO EIRÓ Dias 5 e 6 de junho - Sábado e Domingo, às 16h. Ingressos: Gratuito – On-line.

TEATRO JOÃO CAETANO Dias 12 e 13 de junho - Sábado e Domingo, às 16h. Ingressos: Gratuito – On-line.

TEATRO ARTHUR AZEVEDO Dias 19 e 20 de junho - Sábado e Domingo, às 16h.

Ingressos: Gratuito – On-line.

TEATRO ALFREDO MESQUITA Dias 26 e 27 de junho - Sábado e Domingo, às 16h.

Ingressos: Gratuito – On-line.

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