Entrevista: Paulo Xisto Jr. fala sobre boa fase do Sepultura e conta como será show em Curitiba no d
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Entrevista: Paulo Xisto Jr. fala sobre boa fase do Sepultura e conta como será show em Curitiba no d


A primeira edição do Curitiba Mortorcycles será realizada no início de fevereiro na capital. O evento promete muitas emoções ao reunir, numa única noite, bandas como Motorocker, Didley Duo, The Secrete Society, Fourface, Hillbilly Rawhide, e a grande estrela da festa; o Sepultura.

De volta a Curitiba depois de pouco mais de dois anos, a banda promete trazer desta vez um repertório cheio de surpresas. Andreas Kisser (guitarra), Derrick Green (vocal), Paulo Xisto Jr. (baixo) e Eloy Casagrande (bateria) celebraram recentemente os 34 anos de existência do Sepultura. Derrick tem um motivo a mais para comemorar: está há 20 anos à frente dos vocais da banda.

O baixista conversou com a Toca do Metal e contou que o show será “porradaaaa"!

Paulo Xisto Jr.

Paulo Xisto Jr.

Repertório

A ideia, segundo o músico de 49 anos, é seguir a cronologia, com um pouco de cada disco, desde o EP de estreia, Bestial Devastation, de 1985.

Depois, virão as músicas dos discos Morbid Visions (1986), Schizophrenia (1987), Beneath The Remains (1989), Arise (1991), Chaos A.D. (1993), Roots (1996), Against (1998), Nation (2001), Revolusongs (2002), Roorback (2003), Dante XXI e A-lex (2009), Kairos (2011), Mediator (2014) e Machine Messiah (2017), considerado o melhor trabalho da formação atual.

Ao longo da carreira, a banda lançou 14 álbuns de estúdio, dois ao vivo, e pelo menos quatro de compilações. Vendeu mais de 20 milhões de cópias em todo o mundo e o último álbum “Machine Messiah", lançado em 2017, mostra um nível de maturidade musical muito elevado. É considerado o melhor álbum da Era Pós-Cavalera, e um dos melhores de toda a história do Sepultura.

O processo de composição do álbum seguiu a mesma fórmula dos anteriores. O que a gente sempre faz é achar um tema, um conceito e isso nos dá uma direção para não fazer qualquer música, aleatoriamente. Quando você tem esse direcionamento, fica mais fácil de trabalhar. Mas um não existe sem o outro. O Arise não existiria sem o Schizophrenia, por exemplo.

São mais de 20 anos de banda, a gente se conhece muito bem e esse último teve esse diferencial porque representa o melhor momento, com a melhor formação que a banda já teve, e isso reflete diretamente na nossa música. Eu tenho o maior prazer de subir no palco e tocar o repertório desse último álbum, é o que eu me sinto mais confortável em toda história”, conta Paulo.

E relembrando o histórico de álbuns da banda, fiz questão de perguntar a ele se concorda com a escolha feita pelos autores do livro “1001 discos para ouvir antes de morrer”, que elenca os álbuns "Arise" e "Roots" como dois grandes marcos na carreira da banda. Paulo explicou que nem concorda, nem discorda, porque cada disco representa um momento diferente na caminhada do Sepultura.

Foto: Reprodução "1001 Discos para ouvir antes de morrer", de Robert Dimery - Editora Sextante

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“Um está atrelado ao outro, faz parte da nossa história. O Arise foi um marco, um disco que projetou nosso trabalho fora do Brasil, em especial em países que sofriam com a guerra e nos receberam muito bem. Fizemos várias turnês naquele período e, sem isso, sem essa vivência, não teríamos maturidade para compor o que veio depois. Cada um tem sua importância e é o que os curitibanos verão no show, afinal será um projeto exclusivo, com um pouquinho do que foi cada um de nossos discos”, explicou.

Novos trabalhos, mudanças e mais um Rock in Rio à vista

Ele conta também, que a banda deve lançar um novo álbum em 2020. O projeto ainda não pode ser revelado, mas será desenvolvido ao longo deste ano de 2019. Ele faz mistério e então eu pergunto a ele sobre aquele show no Rock in Rio em 2013, com Zé Ramalho, que lançou sonoridades inesquecíveis assinadas como “Zépultura”, se existe alguma possibilidade de gravarem algumas daquelas músicas.

Aperte o Play no vídeo abaixo e relembre:

Sepultura e Zé Ramalho Live Rock in Rio 2013

“Seria um outro projeto, mas essa ideia não está morta, pode ser que um dia isso role sim. Muitas pessoas pedem e foi algo realmente inusitado. A gente gostou muito de trabalhar com o Zé Ramalho, o Andreas fez os arranjos num dia e ensaiamos apenas uma vez antes do show. Foi muito legal! Eu pessoalmente gostaria muito de fazer de novo, por que não?”

Questionado se o grupo estaria disposto a reunir os antigos integrantes para um trabalho comemorativo, o baixista é enfático ao dizer que não existe qualquer possibilidade disso acontecer. Aliás, não se mencionam os nomes dos irmãos Cavalera em qualquer entrevista da banda. Mas insisto! “Se isso acontecesse, os fãs ficariam enlouquecidos”, digo a ele, que logo responde: “Nós também ficaríamos loucos se isso acontecesse, mas no outro sentido... (risos)".

Para o Rock in Rio desse ano, o músico adianta que será só o Sepultura no palco, mas o repertório ainda é surpresa.

Outra mudança que pode vir em breve é o endereço da banda. Durante um tempo, o Sepultura se mudou para os Estados Unidos, mas hoje tem sua base em São Paulo e, ao que tudo indica, deve se mudar novamente. “Estamos estudando isso, mas é bem provável que sim", contou o baixista.

Covers e outras curiosidades

O Sepultura gosta muito de fazer covers de outras bandas, a exemplo do Black Sabbath, Ministry, Nação Zumbi, etc. Mas nem sempre a brincadeira agradou, conta. De todos que eles gravaram, apenas um não foi autorizado pela banda original e ficou guardado.

“Para o Machine Messiah, fizemos um cover do Kraftwerk. Só que os caras não liberaram. Está gravado e está guardado. Nem sei se eles chegaram a escutar, e pela informação que chegou nos meus ouvidos, rolou uma briga interna dos caras. Não tem nada a ver com o Sepultura. O cover ficou muito legal e tenho a esperança de um dia poder usar isso aí”.

Mas não é só de heavy metal que vive um integrante do Sepultura. Pra encerrar a entrevista, perguntamos o que ele curte ouvir no dia-a-dia. Paulo revela que tem um gosto bem eclético.

"Gosto de muita coisa velha! Vou até abrir minha playlist do celular pra te falar, olha só... tem desde Ah-A, Alcatraz, Antrax, Deep Purple, Depeche Mode, Gary Moore, The Police, Yes, Krisiun... e até Roberto Carlos (risos)... Tem de tudo, aliás muita coisa nos primeiros discos do Roberto são legais pra caramba”.

 

O Curitiba Motorcycles será no dia 09 de fevereiro de 2019 (sábado), na Live Curitiba (Rua Itajubá, 143 - Portão), a partir das 16h. Os ingressos estão à venda a partir de R$ 70. Venda online clique aqui!

E fique ligado no Facebook da Toca Cultural!

Tem promoção vindo aí... quer concorrer a um par de ingressos para este super evento? Então, fique de olho que esta semana a gente explica pra você como participar!

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